A Comédia de Deus (1995)
La Comédie de Dieu
Produção Rodagem: Fev/Mar 1995
M/12
165 min
Realização: · João César Monteiro
Argumento: · João César Monteiro
Adereços: · Helena Henriques · Joana Villaverde
Administração de Produção: · Rosalie Legam · M. Fernanda Amorim · Maria Fernanda Amorim · Rosalie Lecan
Anotação: · Carla Bogalheiro
Argumento: · João César Monteiro
Assistente de Câmara: · João Paulo Ribeiro · João Guerra · Miguel Robalo
Assistente de Cena: · Isabel Aboim
Assistente de Montagem: · Marcelo Félix
Assistente de Produção: · Valérie Menguy · Margarida Nunes · Hugo Albuquerque · Alexandre Oliveira
Assistente de Realização: · Gabriele Roux · Manuel João Águas · Teresa Garcia
Canções por: · Quim Barreiros [O Sorveteiro/Chupa Teresa] · Alma Negra [Mother]
Cenários: · Eduardo Filipe [Pintor]
Contabilidade: · Helena Marques Pereira
Decoração: · Emmanuel de Chauvigny · Veronique Barniout [Assistente]
Diálogos: · João César Monteiro
Direcção de Fotografia: · Mário Barroso
Direcção de Montagem: · Carla Bogalheiro
Direcção de Produção: · Antónia Seabra
Direcção de Som: · Rolly Belhassen
Electricista: · Américo Ferreira · Vítor Miranda [Chefe] · Helder Mendes · Carlos Antunes
Etalonagem: · Dora Rolim
Fotografia de Cena: · Pedro Lopes
Grupista: · Fernando Jorge · Herculano Cunha
Maquinista: · Alberico Santos [Chefe] · Vasco Sequeira · P. Miranda · Adgar Neto
Música: · Joseph Haydn · Richard Wagner · Johan Strauss · Claudio Monteverdi
Outros: · José Mendes · Paulo Miranda · Vasco Sequeira · Pedro Lopes · Luís Gomes · José Carlos
Produção: · Mikado [Itália] · PGP [França] · La Sept [Dinamarca] · GER · Zentropa [Dinamarca]
Produção Executiva: · Joaquim Pinto · Peter Aalbæk Jensen · Roberto Cicutto · Martine Marignac
Realização: · João César Monteiro
Secretária de Produção: · Valérie Arbib · Ana Paula Cunha
Som: · Emídio Buchinho · Francisco Veloso
Sonoplastia: · Jean-François Auger [e Mistura]
Supervisão de Produção: · Christian Lambert · João Montalverne · Jaime Campos
Vestuário: · Julieta Ferreira [Costureira] · Matilde Matos
As raparigas de origem modesta constituem o pessoal do estabelecimento, são objecto dos cuidados permanentes do responsável, zeloso pelo cumprimento de regras básicas de higiene que não façam perigar a saúde pública.
Satisfeita com o curso do negócio, Judite, a patroa, sonha fundi-lo com uma empresa francesa e conta com os préstimos de João de Deus para impressionar favoravelmente um famoso geladeiro francês, vindo expressamente de Paris para provar a especialidade da casa. Os resultados são nulos e saldar-se-ão por um rotundo fracasso.
Entretanto, o comportamento de João de Deus - até aí sem falhas - começa a apresentar sintomas de desvios algo inquietantes. Que o digam a senhora arquitecta, Rosarinho e Virgínia.
Um belo dia, João de Deus encontra a Joaninha de olhos verdes, a filha do corpulento talhante da esquina e, depois de a ter atraído a sua casa, presenteia-a, não só com um banho de leite de vaca, como com tantas e tais guloseimas, que a menina se sente acometida de indisposição intestinal, o que, felizmente, graças a João de Deus, é passageiro.
O carniceiro progenitor, pretextando bestiais ofensas ao hímen de Joaninha, prepara-se para lavar a honra ultrajada num banho de sangue.
Hospitalizado de urgência, em estado considerado desesperado, João de Deus consegue, todavia escapar às garras de morte. Também Judite, desta vez, não se compadece: despedimento com justa causa.
De regresso a casa, aguarda-o um quadro devastador: uma montanha de destroços, tudo feito em cacos, o "Livro dos pensamentos" reduzido a cinzas.
[João César Monteiro]