Victor Manuel



Nome completo: Victor Manuel de Oliveira Rodrigues

Nasceu: 1924-06-04

Local de nascimento: Constância, Abrantes
Nacionalidade: Português
Sítio internet: https://www.youtube.com/watch?v=vzcT-lTan_s&index=28&list=PLOa-xnQzlRG6JqQWeD_yS_X6gDjEFR7FO
Dados adicionais:

Realizador de cinema e televisão, Produtor.
Fez os estudos liceais em Lisboa.
Em meados dos anos 40 adquire o equipamento completo de registo de imagem ao técnico italiano Francesco Izzarelli, que resolvera regressar a Itália após a rodagem do filme «Camões» de Leitão de Barros. Munido deste equipamento, começa a rodar a sua pimeira longa-metragem em 1946.
Com o início da Guerra-fria, é recrutado para o sector técnico da Rádio Europa Livre, em 1951. Através desta organização, onde trabalhou durante vários anos, tem a possibilidade de frequentar um curso geral de Cinegrafia, nos Estados Unidos.
A revista Filmagem anuncia a estreia de «O louco» dizendo “pela primeira vez na história da cinematografia mundial, um jovem de 19 anos, Victor Manuel, ocupa todos os cargos de direcção técnica, artística e administrativa do mesmo filme!...”
Victor Manuel declarou-nos ter entrado em “guerra aberta” com as distribuidoras ao assumir conscientemente a recusa dos modelos impostos pelos distribuidores e exibidores, que acabavam por ser os mesmos (cada distribuidor tinha um circuito próprio de exibição) e alimentavam os circuitos de exibição existentes através da permuta dos filmes que tinham em carteira. Para Victor Manuel os seus filmes são “fitas de filosofia” que recusam o estúdio como espaço privilegiado para a rodagem, que recusam as “musiquinhas da praxe” e todas as imposições comerciais das distribuidoras de então.
Com a vasta experiência adquirida na Rádio Europa Livre, na área técnica do som, em 17 de Janeiro de 1957 é convidado para fazer parte da equipa dos pioneiros da televisão em Portugal, que acaba por colocar no ar a primeira exibição pública no dia 7 de Março, desse mesmo ano.
Trabalhou no sector técnico da RTP até 1964, data em que passou para a chamada Grande Produção. Manteve-se a trabalhar nos quadros da RTP até 1988, data em que se aposentou.
Realizou ainda alguns documentários para a Junta de Acção Social, do Ministério das Corporações, sendo possível referenciar apenas 2 relativos ao ano de 1965.