Our Madness (2018)
Produção 2015
N/C
90 min
Realização: · João Viana
Argumento: · João Viana
[The voiceover says at the outset that a madhouse can be different things at different times: slavery, civil war, a puppet regime. Today, it’s a psychiatric hospital in Maputo, bright walls without, dark corridors within, both accentuated by the crisp black and white. Ernania is a patient there, she coaxes music from her bed so enchanting it could carry you away. When the gate is left open one day, she seizes her chance and a journey begins. But the path doesn’t proceed from A to B, but rather from one beguiling location to another, each flowing into the next with logic of a trance: a recording studio, a cinema full of goats, a boat on a tilt on the mudflats. Ernania was always looking for her husband and son and finds them with ease, but somehow they disappear again at will, just like the other strange objects she stumbles across, the aeroplane fashioned from a hospital bed or the statue of wire. When Ernania and her son stare at the sun, they see the whole continent before them, a terrain, like the film, as rich in references and allusions as a dream. The voiceover also says escape lies in dreams, but that was in the past. Today, it’s in your dreams that they sense you’re there.
[Source: Berlinale]
Mais informações: Website externo
Apoio Financeiro: · ICA
Argumento: · João Viana
Desenho de Produção: · Marieta Mandjate
Desenho de Som: · Mário Dias
Direcção de Fotografia: · Sabine Lancelin
Montagem: · Edgar Feldman
Música: · Pedro Carneiro
Produção: · Telecine Bissau · Promarte · Papaveronoir · Les Filmes de l'Après-Midi
Produtor: · João Viana [Papaveronoir] · François d'Artemare [Les Films de L'Après-Midi] · Carlos Vaz [Telecine Bissau] · Sol de Carvalho [Promarte]
Realização: · João Viana
Som: · Gabriel Mondlane
Mas esta história perturbou-me, fez-me pensar na origem da violência, nesta África eternamente ensanguentada. África é preta e vermelha, os homens fazem a caça, as mulheres a civilização.
O filme nasce de tudo isto, daquela viagem em que eu já procurava um filme sem saber que filme iria fazer.” O que nos espera em “Our Madness”? Uma ficção, como já se sugeriu, rarefeita, em que, também aqui, partimos com Erminia, prisioneira do seu trauma, rumo a norte, para a evocação de outros tempos, para torturas de hoje que são as mesmas de ontem (há uma altura em que o filme se refere aos massacres de Alabama, Guernica, Auschwitz, continuando a ‘linhagem’ por Batepá, Moncada, Shaperville...). Ritualização da história. Ritualização da morte. “Our Madness” é um filme em que a realidade começa a entrelaçar-se na sua própria maldição. E é um triunfo para João Viana, que expressa as obsessões já lançadas em “A Batalha de Tabatô” com um poder de síntese e uma capacidade de sugestão muito superiores às daquele.
[Fonte: Francisco Ferreira, Revista Expresso de 19-02-2018]