Atento aos efeitos sociais de um mundo que se globaliza vertiginosamente, bem como às alterações profundas que se fazem sentir no campo tecnológico e da informação com a introdução do digital, Miguel Soares procurou, desde os seus primeiros trabalhos, reactivar uma perspectiva crítica que respondesse à nova configuração do poder global e às suas tentativas de regular a vida quotidiana. E, se durante a década de 1990, a sua produção ficou marcada pelo uso da fotografia, escultura e instalação, foi na transição para o novo século, que o artista abriu o seu trabalho às possibilidades dos novos media, nomeadamente o vídeo e o computador que, para além de expandirem certas operações introduzidas pelos media analógicos, como o copiar-colar, o adicionar ou o multiplicar de signos, potenciam diferentes modos de percepção humana.
[Fonte: ARTECAPITAL.net]
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