O Mar Enrola na Areia (2019)
The Hissing of Summer Sands
Produção 2018
N/C
15 min
Realização: · Catarina Mourão
Argumento: · Catarina Mourão
[“The whistle man” was a typical character of the portuguese sea-side during the Fascist Portugal. His story has so many versions that he has become a myth: A poor crazy man who lost his baby girl, a professional homeless who lived from the charity of rich families, a pedofile or a summer father Christmas. His whistle announced his arrival and attracted boys and girls or made them run away. Last year I found 30 seconds of footage of this man which until then was just a memory. Is he more real now?]
Apoio Financeiro: · Fundação Calouste Gulbenkian · ICA · Fundo Indie
Argumento: · Catarina Mourão
Diálogos: · Catarina Mourão
Direcção de Som: · Armanda Carvalho
Fotografia: · Paulo Menezes
Guião: · Catarina Mourão
Montagem: · Pedro Duarte
Música: · Ricardo Jacinto · Joana Gama · Luís Fernandes · Bruno Pernadas
Produção: · Laranja Azul
Produtora: · Maria Ribeiro Soares
Realização: · Catarina Mourão
A partir de 4 segundos de película do "Catitinha" que encontrei num filme de família quero construir um retrato ficcional deste personagem misterioso e através dele explorar o papel da praia na descoberta do amor, do afecto e da sexualidade no contexto de Portugal dos anos de 1950.
[Catarina Mourão]
"Há várias décadas atrás, durante o verão, um misterioso homem percorria diversas praias portuguesas, sempre acompanhado por um assobio que atraía instantaneamente todas as crianças ao redor. Catarina Mourão não conheceu pessoalmente essa misteriosa figura, o Catitinha, apenas por relatos da memória de familiares e outras pessoas que entretanto entrevistou. Após um longo processo de investigação, a realizadora encontrou apenas 4 segundos de filme com essa misteriosa figura. “O Mar Enrola Na Areia” é, portanto, um trabalho para-ficcional feito a partir de imagens de arquivo (desde imagens profissionais de filmes turísticos e jornais de atualidades, a filmes amadores ou de família) que, através de um dispositivo narrativo meta-cinematográfico e inspirado no cinema mudo (intertítulos, sem diálogos), vai ensaiando possíveis histórias para o Catitinha. Depois de “A Toca do Lobo” (2015), Catarina Mourão volta a explorar o cinema como forma de materialização da memória (não a memória histórica, mas antes a memória afetiva) em toda a sua subjetividade pessoal e sensorial.
[Fonte: PC - www.festival.curtas.pt]