M. Félix Ribeiro



Nome completo: Manuel Nunes Félix Ribeiro

Nasceu: 1906-03-01 · Morreu: 1982-04-28

Local de nascimento: Veiros - Estremoz
Local de óbito: Lisboa
Nacionalidade: Português
Sítio internet: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_F%C3%A9lix_Ribeiro
Dados adicionais:

Investigador, Crítico de Cinema, Ensaísta, Gestor Cultural
Estudou inicialmente em Évora e, depois, no Liceu de Passos Manuel em Lisboa, onde foi aluno de desenho do cineasta Leitão de Barros. Licenciou em medicina na Universidade de Lisboa em 1932, mas nunca chegou a exercer a profissão de médico.
Desde muito cedo atraído pela Sétima Arte, o cinema vai ocupando a sua actividade intelectual de forma imperativa, fazendo Félix Ribeiro parte da plêiade de jovens que deram vida ao cinema português entre as duas guerras. Estreou-se como correspondente das revistas francesas Cinéma (1923) e Cinemagazine (1926-1928). Colaborador das revistas da especialidade «Imagem», «Kino» e «Animatógrafo», chefe de redacção das duas últimas, participou directamente na produção de alguns filmes, como Ver e Amar, de Chianca de Garcia (1930).
Em 1935 foi chamado por António Ferro para chefiar a secção de cinema do SPN - Secretariado de Propaganda Nacional.
Em 1948 é criada a Cinemateca Nacional e Félix Ribeiro será o seu primeiro Director, no âmbito da repartição de Cultura Popular.
A Cinemateca abre ao público em 29 de Setembro de 1958.
Em 1980 a Cinemateca separa-se do Instituto Português de Cinema e, em 18 de Janeiro de 1982, Félix Ribeiro assiste à inauguração da Cinemateca Portuguesa.
Aos 70 anos de idade, viu o seu trabalho ser reconhecido pelos poderes públicos, na pessoa do Secretário de Estado da Cultura, David Mourão-Ferreira, que lhe permitiu continuar à frente da Cinemateca, e em 1980, quando a Cinemateca se separou do Instituto Português do Cinema, viu consagrada a sua actividade, sendo nomeado, pelo então Primeiro-Ministro Francisco de Sá Carneiro, Subdirector da Cinemateca Portuguesa. Os seus trabalhos históricos constituem leitura indispensável para a compreensão da génese e evolução do cinema português.

Obras principais:
Panorama Histórico do Cinema Português, (1946);
O Cinema Português antes do Sonoro, (1968);
Adolfo Coelho e o Cinema Português Agrícola e de Ambiente Rural, (co-autoria com Alice G. Gamito e Fernando Duarte, 1972);
Subsídios para a História do Documentário em Portugal, (1973);
Invicta Filme: Uma Organização Modelar, (1973);
Jorge Brum do Canto: Um Homem do Cinema Português, (1973);
Louis Lumière – Vida e Obra de Um Inventor (1976);
Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa, 1896-1939, (1978);
Le Cinema Muet, (1982);
Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português, 1896-1949, (edição póstuma, 1983).

Participações [#2]