Vergílio Ferreira



Nome completo: Vergílio António Ferreira

Nasceu: 1916-01-28 · Morreu: 1996-03-01

Local de nascimento: Melo, Gouveia
Local de óbito: Lisboa
Nacionalidade: Português
Dados adicionais:

Escritor.
Filho de António Augusto Ferreira e de Josefa Ferreira que, em 1927, emigraram para o Canadá, em busca de uma vida melhor. Então, o pequeno Vergílio foi deixado com os irmãos mais novos. Esta dolorosa separação é descrita em Nitido Nulo. A neve - que virá a ser um dos elementos fundamentais do seu imaginário romanesco - é o pano de fundo da infância e adolescência passadas na zona da Serra da Estrela. Aos 12 anos, após uma peregrinação a Lourdes, entrou no seminário do Fundão, que frequentará durante seis anos. Esta vivência será o tema central de Manhã Submersa.
Em 1936, deixou o seminário e acabou o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Entrou para a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, continuando a dedicar-se à poesia, nunca publicada, salvo alguns versos lembrados em Conta-Corrente e, em 1939, escreveu o seu primeiro romance, O Caminho Fica Longe.
Licenciou-se em Filologia Clássica em 1940. Concluiu o Estágio no Liceu D.João III (1942), em Coimbra. Começou a leccionar em Faro.
Publicou o ensaio "Teria Camões lido Platão?" e, durante as férias, em Melo, escreveu "Onde Tudo Foi Morrendo".
Em 1944, passa a leccionar no Liceu de Bragança, publicou "Onde Tudo Foi Morrendo" e escreveu "Vagão "J" que, publicou em 1946; no mesmo ano em que se casou, com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava refugiada em Portugal da guerra e, com quem Vergílio ficaria até à sua morte. Após uma passagem pelo liceu de Gouveia (onde escreveu o mundialmente conhecido romance Manhã Submersa, corria o ano de 1953), fixou-se como docente em Lisboa, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões.
Em 1980, o realizador Lauro António adapta para o cinema, o romance Manhã Submersa e Vergílio Ferreira interpreta um dos principais papéis, o de Reitor do Seminário, contracenando assim com outros grandes vultos da cena portuguesa, tais como: Eunice Muñoz, Canto e Castro, Jacinto Ramos e Carlos Wallenstein.
Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências de Lisboa, no mesmo ano recebeu, pelo conjunto da obra, o "Prémio Camões", o mais importante prémio literário dos países da língua portuguesa. Vergílio morreu no dia 1 de março de 1996, em sua casa, em Lisboa, na freguesia de Alvalade. O funeral foi realizado no cemitério de Melo, sua terra-natal e, a seu pedido, o caixão foi enterrado na Serra da Estrela.
[Fonte: Wikipedia]