Kuxa Kanema - O Nascimento do Cinema (2003)

KuxaKanema, The Birth of Cinema

N/C

52 min

Documentário  

Realização:  ·  Margarida Cardoso

A primeira acção cultural do governo Moçambicano, logo após a independência em 1975, foi a criação do Instituto Nacional do Cinema (INC).
Os cinemas são nacionalizados e as unidades de cinema móvel vão mostrar por todo o país a mais popular produção do INC, o jornal cinematográfico Kuxa Kanema. O seu objectivo era “filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo”.
Mas hoje, depois de anos de guerra, desilusões, e destruído por um fogo em 1991, a grande empresa que foi o INC quase não existe. Felizmente sobreviveram no arquivo as imagens que são o único testemunho dos 11 primeiros anos de independência, os anos da revolução socialista.
É através dessas imagens, e das palavras das pessoas que as filmaram, que vamos conhecer o percurso de um ideal de país, que se desmoronou, pouco a pouco, com o ideal de "um cinema para o povo", e com os sonhos das pessoas que um dia acreditaram que Moçambique poderia vir a ser um país diferente.
Ao contar a história do Instituto Nacional de Cinema de Moçambique (INC), dos seus filmes e das pessoas que lhe estão ligadas, este documentário conta igualmente a história de uma jovem nação africana.
Que parte pode o cinema contribuir para a reconstrução dos valores culturais?
E que parte pode ainda contribuir para a destruição desses mesmos valores?
Depois de séculos de colonização, seguidos de anos de guerra civil, fome e destruição, um pais pode finalmente procurar reflectir em paz sobre o seu passado, reconstruir a sua identidade e reclamar a sua dignidade.

[The first cultural act of the nascent Mozambique Government after independence in 1975 was to create the National Institute of Cinema (INC). The new president Samora Machel had a strong awareness of the power of the image, and understood he needed to use this power to build a socialist nation. INC's goal was to film the people, and to deliver these images back to the people.
Reflecting the country's commitment to independence and socialism, the history of the INC and the films it produced cannot be disassociated from the movement embodied by Samora Machel and FRELIMO (Mozambique Liberation Front). Footage from the films - found by filmmaker Margarida Cardoso in an abandoned, burnt out building - show Mozambique's trajectory from great hope to great disillusionment. Weaving these images together with interviews of the people who produced them, KUXA KANEMA constructs a history of the birth and death of local cinema, and the birth and death of an ideology.
Directors, screenwriters, technicians return to the INC to view the footage, and discuss their industry as a unique testimonial to the country, its struggles and wars.
Today, the People's Republic of Mozambique is simply the Republic of Mozambique. Samora Machel's death marked the end of Mozambique's cinema (the current government prefers television). There is nothing left of the INC. The forgotten images that captured the first eleven years of independency - the years of the socialist revolution - are rotting, taking with them both the history of a period, and the history of hope.]

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