No dia 6 de Fevereiro de 1969, morreram no rio Corubal 46 militares portugueses. Regressavam de Madina do Boé, cujo aquartelamento haviam abandonado na véspera por ordem do governador-geral da Guiné, General António de Spínola.
Vinte e cinco anos passados sobre a data desta trágica operação militar que deixou o país de luto e encheu de sofrimento as tropas portuguesas estacionadas no território, o comandante e um ex-alferes miliciano da unidade voltam aos antigos campos de batalha.
Em Madina - essa vasta região desértica que vai do sul do Corubal às cordilheiras do maciço Futa Djalon, no sopé das quais o PAIGC declarou em 1973 a independência do país - os dois oficiais encontram-se pela primeira vez com os antigos guerrilheiros guineenses que, contra eles, ali combateram. É um encontro histórico e emocionante. Um encontro que homenageia a memória dos que morreram junto às margens bonitas e tranquilas do Corubal. E que ajuda também a sarar as feridas da guerra.