Mário e Rita vivem juntos já lá vão cinco anos. Têm uma relação estável embora um pouco cansada.
A história começa num comboio de regresso a casa. Mário e Rita instalam-se num compartimento onde passado pouco tempo entra um homem estranho e desarrumado, embora bem vestido. O homem conta que acabou de se separar da mulher numa fúria em que perdeu a cabeça e lhe bateu, mas foi ela que o impeliu a tal, levou-o ao desespero, ao limite, e ele não resistiu. Mário e Rita ouvem impressionados.
Excluída da conversa, Rita vai descobrindo sinais acerca do homem. Fica obcecada pela ideia de que ele matou a sua própria mulher e mais tarde ou mais cedo os vai matar.
O argumento acumula uma série de indícios das manias persecutórias e do pânico que se apoderam de Rita e que lhe vão construir um muro em que se encerra, cada vez mais se afastando da realidade, mundo cheio de terrores onde Mário não vai poder entrar.