Charlotin e Clarinha (1925)

Charlotim e Clarinha

Produção Rodagem: 1923/25

9m 3s

Curta-metragem  

Realização:  ·  Roberto Nobre

Argumento:  ·  Roberto Nobre

A Tia Aspérrima, de óculos e bigodinho, esmera-se nas lidas domésticas. Ela gosta do Rapaz Gordo, que passa o dia na sorna, e tem um fraco pela alegre Clarinha. Esta adora animaizinhos, enquanto Charlotin, um miúdo irrequieto, se entretem como jazzbandista ou em massacres de boxe...
[Fonte: José de Matos-Cruz, O Cais do Olhar, 1999, p.34]

Equipa

Dados Técnicos:
P/B | sem som | 35 mm |

Outras informações:
Roberto Nobre confiou a sua experiência fílmica (que se saiba, nunca estreada) ao crítico Vitoriano Rosa, que a entregou a Fernando Duarte, director do Festival de Santarém, onde foi revelada em 1972, durante uma homenagem ao autor.
[Fonte: José de Matos-Cruz]
Farsa de um burlesco trepidante, de um espírito satírico, de uma fotografia límpida e de uma montagem perfeita.
Roberto Nobre confessa ter aprendido muito com Albert Durot, responsável pela “limpida” fotografia de Charlotin e Clarinha.
Charlotin e Clarinha atesta a tendência experimentalista de Roberto Nobre. Experimentalismo cinematográfico que teria ainda ensaiado com Artur Costa Macedo e João de Sousa Fonseca com desenhos animados, para uma possível remontagem do filme inacabado e inédito «O diabo em Lisboa». Afirma ter sugerido a Costa Macedo soluções gráficas com animação de caracteres e trucagem para apresentação do título do filme «Lisboa, crónica anedótica» de Leitão de Barros, sem o conhecimento deste.
“Pretendia dar a sensação que caminhávamos ao encontro de Lisboa” [Roberto Nobre, Singularidades do cinema português, 1964, p.46].