O Labirinto da Saudade (2018)

M/12

65 min

Biografia   Docuficção  

Realização:  ·  Miguel Gonçalves Mendes

Argumento:  ·  Miguel Gonçalves Mendes

Sinopse Oficial:
Miguel Gonçalves Mendes (José e Pilar) adapta ao cinema uma das obras mais lúcidas da cultura portuguesa - “O Labirinto da Saudade” de Eduardo Lourenço - numa viagem única pelo interior de uma mente brilhante. Aos 94 anos, o escritor e filósofo Eduardo Lourenço projecta pelos espaços da sua memória as perguntas que até hoje nele perduram. Que traumas nos definiram enquanto povo? Quem somos? O que fizemos? Que atrocidades cometemos? Quais os caminhos que podemos seguir? Estas questões são o ponto de partida para “O Labirinto da Saudade”, um filme sobre uma "nação condenada desde a sua origem a esgotar-se em sonhos maiores do que ela própria”, mas também a celebração da vida e obra de um dos maiores autores da cultura Portuguesa.
Narrado e protagonizado pelo próprio Eduardo Lourenço, o documentário percorre os corredores da sua memória e da história de Portugal. Pelo caminho, cruza-se com fantasmas do nosso passado e amigos do seu presente - figuras marcantes da cultura lusófona como Álvaro Siza Vieira, José Carlos Vasconcelos, Diogo Dória, Gonçalo M. Tavares, Lídia Jorge, Ricardo Araújo Pereira e Gregório Duvivier, que assumem o papel de interlocutores e condutores das reflexões escritas no livro.

Nota de Intenções:
O filme é um retrato não só do Eduardo mas acima de tudo de todos nós mesmos. Um espelho onde nos vemos refletidos. Nós não somos responsáveis pelos atos dos nossos antepassados. Mas somos efetivamente consequências de cada uma das suas ações. Daí a importância da memória histórica sobretudo nos dias que correm. Agora, o futuro esse começa aqui, hoje , agora, neste preciso momento. E logo podemos ser quem quisermos. E eu quero que este país seja justo, solidário , igualitário tal como nos propusemos no 25 de Abril mas sobretudo cosmopolita e multicultural. A negação do nosso multiculturalismo foi o maior erro que Portugal já cometeu. Por isso costumo brincar que Portugal tem um complexo anal com a Europa. Nós somos atlantistas, somos dos Sul. É por isso que Lisboa hoje está na moda. Porque provavelmente somos o pais mais exótico da Europa. Uma mistura de Europa novecentista com África, Ásia, Brasil. E essa é a única herança positiva, esse multiculturalismo que temos de promover e ambicionar. Por mim Portugal abria as fronteiras a todos e sobretudo aos países de língua portuguesa,a quem temos a obrigação moral de reparação histórica. Assim tínhamos 20 milhões de habitantes e talvez conseguíssemos finalmente perder a nossa escala familiar, que ainda nos telhe na inveja no corporativismo herdado do Estado Novo, no tráfico de influências e na maledicência. Quero um país plural em que os mais capazes tomem de uma vez o poder, não pelo status do poder, mas para exercer de facto o poder em prol do bem comum.
Até ao século XV o mapa de Portugal era apresentado na horizontal, como uma plataforma para ir e voltar. É assim que imagino e vejo o meu país. Como dizia o Padre António Vieira: “Para nascer, Portugal. Para morrer, o mundo.

[Documentary adaptation of the book "Labirinto da Saudade", a deconstruction of the Portuguese ethos from a philosophical and historical point of view, written by Eduardo Lourenço.]

Mais informações: Website externo

Videos [#2]:
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Equipa

Estreias [#3]:
  • 2018-05-23 | Fundação Calouste Gulbenkian | Ante-Estreia
  • 2018-05-23 | RTP1 | Emissão
  • 2018-05-24 | Portugal | Estreia
Imagens [#5]:
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Dados Técnicos:
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